Segredos de liquidificador

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Entre os maiores mistérios do pop rock tupiniquim está a intrigante frase "segredos de liquidificador".

Essa curiosa expressão foi citada na música Codinome Beija-Flor, a primeira faixa do lado B do Cazuza, primeiro álbum solo do cantor após sua saída do Barão Vermelho, em 1985.

Desde então, essa metáfora povoa o imaginário dos fãs do Cazuza.

É essa geração oitenta (principalmente) que até hoje se pergunta: Que danado vem a ser segredos de liquidificador?

Uma pesquisa rápida no Google irá mostrar que as explicações são muitas. E as "viagens" também.
Tem até um blog que adotou essa expressão como nome.

E o João Bittencourt, dono do blog Segredos de liquidicador, achou uma explicação bem peculiar: seriam coisas que guardamos em nossas mais afiadas lâminas.

Há quem simplesmente acredite que o poeta não encontrou rima melhor. Neste caso, OS poetas, pois a letra é da dupla Reinaldo Arias e Ezequiel Neves.

Mas foi no blog Pensar Enlouquece, do Alexandre Inagaki (@inagaki) - que já abordou este assunto -, que encontrei o esclarecimento "oficial".

Pouco antes de cantar "Codinome Beija-Flor" em um dueto com Simone, durante um especial exibido pela TV Globo em 1989, o ex-vocalista do Barão diz que a expressão se refere a "uma coisa de língua no ouvido", exemplificando, com a própria língua, os movimentos circulares que dão sentido à metáfora. Enfim: melhor assistir ao vídeo (thanks, YouTube!):

Atualização em 06.07.2015: O blog "Segredos de Liquidificador" não está mais no ar e seu link foi substituído por uma imagem de arquivo do Archive.org.

1 comentários:

Leide Franco disse...

Acredito que vá muito além do que o simples movimento de hélice feito pela língua... Deve ser perto de algo bem "mastigado", diluído, triturado. Segredos homogêneos.
Ah! Ou talvez nem isso...
Os poetas têm tudo de louco!

Loucuras faltantes nos dias de hoje, de composições de duplos sentidos pobres, desprezíveis.